Patologias em fachadas: quais são os problemas mais comuns?
Entenda a função das fachadas nas construções, quais são as três patologias mais comuns e como evitar problemas.
Foto de Maria Sofia no Pexels
A primeira impressão é a que fica, não é mesmo?! Assim, a fachada acaba sendo, muitas vezes, o cartão de visitas de um edifício. Por isso, patologias nos revestimentos de fachada podem passar uma péssima impressão sobre a construtora. Neste post vamos falar das principais patologias nas fachadas.
Qual é a função das fachadas?
Além da função estética e de integração com os espaços externos, os revestimentos de fachadas exercem papel fundamental na vida útil das edificações. De acordo com a ABNT NBR 15.575/2013, os revestimentos de fachada são classificados como elementos construtivos de categoria 2. O que isso significa? Significa que eles são manuteníveis – duráveis, mas necessitam de manutenção periódica ou substituição durante a vida útil do edifício.
Além disso, a Norma também prevê um índice de desempenho mínimo, isto é, o menor tempo aceitável para que as peças mantenham a integridade. Alguns exemplos:
- No caso de fachadas revestidas, espera-se que elas resistam por 20 anos ou mais.
- Para as esquadrias externas (como janelas, balcões, grades de proteção, peitoris, soleiras, dentre outros), a expectativa é também 20 anos, no mínimo.
Quando se planeja o revestimento da fachada, é preciso levar em consideração três variáveis principais, que são:
- Clima;
- Custos;
- Durabilidade.
Principais patologias em fachadas
As patologias em fachadas são classificadas conforme suas origens:
- Congênitas: são aquelas patologias que surgem na fase de projeto;
- Construtivas: estão ligadas à etapa de execução da obra, podendo ou não estar associados à falha do material;
- Adquiridas durante a vida útil do edifício: são as mais comuns. Ocorrem ao longo da vida útil do edifício;
- Acidentais: caracterizadas pela ocorrência de fenômenos atípicos como, por exemplo, um acidente.
E quais são as patologias mais comuns?
Desplacamento
As falhas ou rupturas entre as camadas que formam o revestimento são denominadas desplacamento ou descolamento.
E como identificar esse problema logo no início? Uma forma é a presença de som oco ao se bater na fachada. Outra evidência mais visível é o afastamento físico das camadas completas.
Fissuras
Segundo a ABNT NBR 9575/2010 – Impermeabilização: Seleção e projeto, são consideradas fissuras, ou seja, as aberturas ocasionadas por ruptura de um material ou componente. As patologias podem ser classificadas como:
- Microfissuras: abertura com espessura inferior a 0,05 mm;
- Fissuras: espessura inferior ou igual 0,5 mm;
- Trinca: abertura superior a 0,5 mm e inferior a 1 mm.
Para evitar esse tipo de patologia, sugere-se:
- garantir a compatibilidade de dilatação entre as camadas;
- evitar infiltrações que possam inchar as placas cerâmicas;
- executar uma impermeabilização eficiente;
- realizar a execução das juntas de movimentação e assentamento de modo adequado para evitar que as placas cerâmicas sofram a ação de forças que causam esse tipo de problema.
Eflorescência
No caso de revestimentos cerâmicos aderidos à fachada, pode ocorrer a eflorescência. As eflorescências são formações cristalinas de sais solúveis existentes nas argamassas que compõem o sistema de revestimento que, juntamente com água, emergem até a superfície.
Essa patologia prejudica a fachada esteticamente. Além disso, nos casos mais graves pode acarretar a corrosão das argamassas interiores, resultando no descolamento do revestimento.
Como garantir a vida útil da fachada?
Para garantir a vida útil da fachada e diminuir as chances de ocorrerem patologias, é importante ter em atenção nos produtos que serão utilizados na execução como, por exemplo, o selante e a argamassa. A especificação dos insumos é fundamental e está diretamente ligada ao projeto e precisa levar em consideração os aspectos que listamos anteriormente, que são:
- Clima;
- Custos;
- Durabilidade.
A mão de obra qualificada durante a execução também é fundamental, pois não adianta focar em insumos de alta qualidade, mas em uma prestação de serviço desqualificada.
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