Energia solar em edifícios: oportunidades e desafios

Data de publicação : 06/08/2020

Entenda como funciona a energia solar em edifícios, assim como suas principais vantagens e desvantagens para o condomínio e moradores.
 

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(foto by pixabay)

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O Brasil tem, atualmente, 83% de sua matriz elétrica originada de fontes renováveis. Essa participação é distribuída da seguinte forma (Fonte: Governo Federal, 2020): 

  • Hidrelétrica: 63,8%;
  • Eólica: 9,3%; 
  • Biomassa e biogás: 8,9%; 
  • Solar centralizada: 1,4%. 

 

Apesar de uma participação ainda tímida, a geração de energia fotovoltaica está crescendo bastante e já aparece nos indicadores de geração do país. Por isso, no post de hoje vamos analisar os impactos da geração da energia solar em edifícios, suas principais oportunidades e desafios. 

 

Energia solar: marcos legais

Um importante incentivo para iniciativas mais sustentáveis em relação às fontes de energias foi a Lei 10.438/2002. Através desta lei foi criado o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). Dentre os seus objetivos, destaque para a promoção da competitividade da energia produzida a partir de fontes eólica, termossolar, fotovoltaica, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa, outras fontes renováveis e gás natural.

 

Outro marco foi a Resolução Normativa 482/2012, da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) que criou o Sistema de Compensação de Energia Elétrica. Através dela, permitiu-se a todo consumidor de energia cativo gerar sua própria energia e receber os créditos equivalentes em sua conta de luz, na forma de descontos. 

 

Tem-se também a Resolução Normativa 687/2015 que trouxe alterações na REN 482/2012 que, dentre as mudanças, introduziu a possibilidade da energia solar em condomínios. Ela viabilizou a autorização para que os condomínios possam usar as zonas comuns do prédio para produzir energia solar fotovoltaica. Assim, os moradores do prédio passaram a ter a opção de aderirem ao regime de autoconsumo com a instalação de painéis solares. Além disso, faz a distinção em relação a alguns termos:

  • microgeração distribuída: central geradora de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual a 75 kW e que utilize cogeração qualificada ou fontes renováveis de energia elétrica, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras; 
  • minigeração distribuída: central geradora de energia elétrica, com potência instalada superior a 75 kW e menor ou igual a 5 MW para cogeração qualificada ou para as demais fontes renováveis de energia elétrica, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras.

 

Energia solar em edifícios: como funciona

A geração de energia solar para edifícios é feita através de um sistema central instalado em área comum do respectivo empreendimento. Essa geração pode servir para o consumo da área comum, como também de cada unidade individual. 

 

Principais desafios

Em relação a energia solar em edifícios, os principais desafios são:

  • Espaço: em média, cada painel mede 2m x 1m. Ou seja, o edifício pode não ter espaço suficiente para acomodar o número de painéis essenciais para a geração de energia necessária para viabilizar o investimento. 
  • Valor do investimento inicial: o investimento necessário não é pequeno, apesar de toda a economicidade que a implantação do projeto traz. Essa necessidade de um investimento inicial alto pode trazer dúvidas para alguns moradores que acabam pensando mais no curtíssimo prazo. 

 

Principais oportunidades e vantagens

A implantação da energia solar em edifícios traz diversos benefícios, tais como:

  • Redução de custos: essa acaba sendo uma das variáveis com maior impacto, pois as reduções relacionadas com a conta de energia elétrica caem drasticamente, repercutindo na diminuição da taxa condominial, assim como nos valores das contas de energia das unidades familiares. 
  • Valorização do empreendimento: um condomínio com energia solar instalada certamente terá um valor de mercado maior, gerando uma valorização dos apartamentos no momento da venda. 
  • Sustentabilidade: no atual mercado competitivo, adotar práticas de sustentabilidade é essencial e responde aos anseios de grande parte dos consumidores. Por isso, a adoção de energia solar em condomínios demonstra um maior comprometimento com o meio ambiente e com o bem-estar da sociedade como um todo. 

 

Como iniciar a implantação da energia solar em edifícios?

Caso o edifício não venha com já com os painéis fotovoltaicos instalados durante a fase de construção, o primeiro passo é que a decisão passe pela aprovação da Assembleia. Após essa fase de concordância, inicia-se a parte técnica que é procurar uma empresa especializada para desenvolver o projeto fotovoltaico e seguir os trâmites impostos pela ANEEL.  

 

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