Mitos e verdades sobre o EPS na construção

Data de publicação : 24/09/2019

A utilização do EPS (Poliestireno Expandido) é uma das opções sustentáveis mais utilizadas na construção a seco no mundo

EPS

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da Universidade Trisul

 

Popularmente conhecido como Isopor, o EPS (Poliestireno Expandido) é produzido a partir de processos industriais modernos, com baixo índice ou sem desperdícios e onde tudo é reaproveitado/reciclado, os blocos de EPS apresentam inúmeras vantagens em relação a outros métodos construtivos que não gera esforço físico para os operários nem poluição ao meio ambiente. Outro ponto positivo são as eficiências térmica e acústica.

Por manter a temperatura interna por mais tempo, o consumo de energia elétrica é menor, pelo menor uso de ar-condicionado, por exemplo. Outra contribuição ambiental é o fato de não contaminar o solo, a água e o ar, além do material ser 100% reciclável e reaproveitável.

Por se tratar de um método não convencional de construção, a utilização do EPS alimenta o surgimento de alguns mitos que devem ser esclarecidos

 

Mito 1: A construção não é resistente

Falso: A parede de EPS pode ser até 30% mais resistente que a parede de tijolo. Os sistemas construtivos com painéis de EPS podem ser utilizados em prédios até 5 pavimentos. Podem ser empregados para executar tanto paredes quanto coberturas inclinadas, sendo largamente executados em residências, prédios comerciais, industriais e casas populares, suportando inclusive abalos sísmicos.

 

Mito 2: As paredes/laje serão ocas:

Falso: O EPS é usado para preencher os espaços ocupados pelo cimento juntamente com uma tela armada. Este processo é chamado de nervurada e a cada nervura concretada é aplicada uma camada de concreto de 2 cm. Os sistemas hidráulicos e elétricos são instalados por meio do derretimento do EPS, que faz os sulcos no material onde passam as tubulações.

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Mito 3: Não conseguirei pendurar nada nas paredes:

Falso: A resistência da parede de EPS é igual ou até maior ao da alvenaria, possibilitando a instalação de qualquer material desde um simples quadro até uma bancada de granito na cozinha.

 

Mito 4: Em caso de incêndio as paredes vão pegar fogo

Falso: O EPS está disponível em dois tipos: P e F, sendo que o empregado na construção civil deve, obrigatoriamente, ser da Classe F, pois esses produtos têm em sua composição um elemento que retarda a propagação das chamas, tornando-os autoextinguíveis. Ou seja, não alimentam o fogo em caso de incêndio. Com o derretimento acontecendo por volta dos 70°C o EPS não cria resíduos que poderiam funcionar como combustível para propagação do incêndio e acaba se dissolvendo. Por esse motivo, não deve ser usado sozinho como elemento estrutural, mas sempre acompanhado de outros materiais, como malhas de aço ou concreto. Geralmente, o EPS é utilizado somente como produto para enchimento, aplicado no interior da laje ou de painéis, por exemplo.

 

Mito 5: A utilização do EPS é mais caro que a alvenaria convencional

Em parte: Entre as opções de construção a seco, o EPS é a que apresenta custa mais elevado, em torno de 20% superior a alvenaria, contudo, ressalta-se que pelas suas propriedades funcionais e térmicas esse custo poderá ser revertido em economia durante a obra, com redução de tempo de construção e de consumo de água, e após sua conclusão, com menor gasto de eletricidade.

 

Isolamento acústico e térmico

O EPS pode ter uma série de variações de densidade, de acordo com a aplicação e necessidade. A fabricação funciona à base de equipamentos que realizam a junção do revestimento externo e o núcleo de poliestireno expandido, através de colagem utilizando produtos especiais. Um painel de EPS com espessura em torno de 50 mm pesa cerca de 12 kg por metro quadrado. Quanto mais denso o material, mais rígido será e com características diferentes, como melhor reflexão do som e melhor isolação térmica. Dessa forma, o material é melhor isolante térmico do que acústico. O uso em grandes vãos, portanto, permite manter com grande eficiência a temperatura interna no ambiente.

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Sustentabilidade

Os painéis em EPS apresentam diversas vantagens que o tornam uma solução sustentável. Sua utilização diminui em muito o uso de água e energia na construção. Para executar um metro quadrado de alvenaria, gasta-se muita água desde a fabricação das matérias-primas até a instalação, com uso de água para preparação da argamassa, limpeza, entre outros processos. Na fabricação do painel, a água não é utilizada e também não são necessários produtos auxiliares que dependem do líquido. Ou seja, com o uso do produto, a economia é de até 75% no consumo de água da obra.

Além disso, a solução não gera resíduos, um vez que todas as peças são projetadas e fabricadas sob medida para cada empreendimento. O projeto arquitetônico é enviado para as fábricas, onde é feita modulação desses projetos e as placas são montadas exatamente da maneira que foi especificado. Os painéis são entregues na medida para serem fixados na obra, minimizando e até eliminando 100% da perda de materiais, avaliam os especialistas.

 

Vantagens

A construção com EPS tem vários benefícios, entre as quais destacamos:

  • Construção até 40% mais rápido que a alvenaria convencional;
  • Economia de água durante a construção chega a quase 75%;
  • Baixo peso, reduzindo o custo das fundações com concreto e ferragens;
  • Resistência mecânica e química;
  • Baixa absorção de água;
  • Facilidade de manuseio em obra, com grande versatilidade e precisão;
  • Resistência a compressão;
  • Resistência ao envelhecimento. O EPS não apodrece nem ganha bolor, não é solúvel em água nem liberta substancias para o ambiente.
  • Baixa condutividade térmica o que ajuda a diminuir o consumo de eletricidade. Para entendimento o EPS é o mesmo material utilizado nos recipientes que mantém alimentos e bebidas gelados;
  • O EPS é inodoro, não contamina o solo, água e ar e são 100% reaproveitáveis e recicláveis, podendo voltar à condição de matéria-prima. Não gera resíduo de obra.

 

Conteúdo: VIBCOM
Fonte: Atos Arquitetura