Startups nacionais criam soluções para descomplicar automação.

Data de publicação : 06/11/2017

 

Tecnologias mais simples surgem, mas fabricantes ainda temem demanda fraca entre consumidores leigos

De olho no mercado de casas inteligentes, algumas startups brasileiras já começam a pensar em soluções para descomplicar a automação residencial. A aposta é em dispositivos simples, que possam ser instalados sem grandes reformas.

A startup Beyond, criada em 2013 em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, desenvolveu um interruptor inteligente que atua como central da casa conectada. O dispositivo pode substituir um interruptor comum e controla até três lâmpadas de um mesmo ambiente através do smartphone. Se o usuário quiser, ele pode ser configurado para controlar também o controle remoto da TV e do ar condicionado.

O produto, que custa R$ 700, tem potencial para ajudar quem quer conectar a sua casa de maneira simples. Contudo, a Beyond ainda não vende o produto no varejo, somente para distribuidores e integradores. Segundo Sergio Venero, cofundador da startup, o produto ainda é de nicho e não há demanda para vendê-lo direto ao consumidor no Brasil. “Nós somos uma equipe de 12 engenheiros e montamos cada peça. Não conseguiríamos atender o varejo.”

A startup WOW, criada por antigos integradores, criou módulos com conexão Wi-Fi que se comunicam com o smartphone. Para conectar uma lâmpada, por exemplo, é necessário colocar um plugue no fio. Para aparelhos com controle remoto (TV e ar condicionado), há um dispositivo que centraliza os comandos. A startup também não vende no varejo.

Inovação. Empresas mais antigas tentam não ficar para trás em relação às startups. A Exatron, que fabrica sensores de presença e iluminação e está no mercado brasileiro há 33 anos, vai colocar no varejo em 2018 uma série de módulos que funcionam por meio de radiofrequência e permitem controlar a iluminação, TV, ar condicionado, sistema de som e tomadas.

De acordo com o diretor da empresa, Regis Haubert, o contato das pessoas com o smartphone facilitou o processo de automação. “Hoje, um usuário comum com um celular consegue começar a fazer automação em casa”, afirma.

Fonte: Jornal Estado de São Paulo – Caderno Economia – Data de 29/10/2017