Instalações prediais em sistemas PEX

Data de publicação : 29/11/2017

 

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da Universidade Trisul

 

As tubulações em PEX (Polietileno reticulado) são aplicáveis para condução de água fria e quente, ambas com o mesmo material. Possuem como características principais a diminuição na quantidade de conexões em função da flexibilidade dos tubos, a baixa perda de carga em função das paredes lisas do material e a baixa perda de calor na condução de água quente.

As tubulações podem ser distribuídas nas lajes de concreto, aplicadas dentro de um tubo guia, ou podem ainda ser fixadas sob a laje nos casos onde se pretenda aplicar forro de gesso. Para que o sistema possa ser incorporado, é necessária a criação de shafts nos ambientes que receberão os kits hidráulicos, sendo esse um fator favorável nos casos onde seja necessária manutenção pós-obra.

Por fim, é um sistema que apresenta alta produtividade e baixíssimo retrabalho, uma vez que os kits hidráulicos instalados nos shafts são componentes industrializados, que são 100% testados antes de serem enviados ao canteiro de obras. Vejamos a seguir as etapas compreendidas no processo de instalação de tubulações em sistema PEX.

Documentos complementares

  • NBR 5626 – Instalação predial de água fria
  • NBR 7198 – Instalação predial de água quente
  • NR 18 – Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção
  • Projeto de Instalações hidráulicas (plantas e vistas)
  • Projeto de marcação de lajes para locação dos pontos no assoalho
  • Projeto de alvenaria para definição das cotas dos pontos hidráulicos

Materiais

  • Tubulações em PEX
  • Mangueira ponta azul (tubo guia)
  • Caixa de espera para entrada do PEX na laje
  • Kit industrializado para shaft
  • Manifold para distribuição de água no shaft
  • Perfil metálico para fixação das tubulações
  • Buchas e parafusos para fixação dos perfís nas lajes
  • Abraçadeiras coloridas para fixação e identificação das tubulações
  • Conexões em geral
  • Coifas para acabamento
  • Parafuso para fixação dos kits

Equipamentos

  • Tesoura para corte de tubo PEX
  • Alicate crimpador
  • Furadeira
  • Parafusadeira
  • EPI’s: capacete, bota de couro, óculos de proteção, protetor auricular

Condições para início de serviço

Devem-se seguir as recomendações dos fabricantes e fornecedores sobre os cuidados na manipulação do produto durante a obra e também quanto ao uso correto, para que o sistema mantenha o desempenho previsto no projeto. É fundamental que se observe rigorosamente as orientações para execução dos serviços necessários a aplicação dos tubos guia e a posterior implantação dos tubos PEX e suas conexões.

A manutenção do controle da qualidade sobre os produtos fabricados e a disponibilidade de manual de aplicação são itens importantes que devem ser observados ao se adquirir os sistemas PEX.

Execução de PEX

O processo construtivo é iniciado junto com a execução das lajes de concreto. Após a distribuição da armadura positiva da laje, deve-se distribuir os tubos-guia (consultar o diâmetro do tubo guia no projeto de instalações hidráulicas) e fixar as caixinhas de espera para a posterior passagem da tubulação.

Figura 01 – Distribuição dos tubos-guia

 

Figura 02 – Fixação das caixinhas

 

Após a concretagem e desforma da laje, as caixinhas de espera devem ser limpas para eliminação de eventual resíduo de concreto.

Figura 03 – Caixinhas de espera limpas

 

Após a remoção do cimbramento das lajes, aos 28 dias, e o tratamento da estrutura de concreto armado, inicia-se a distribuição aérea das mangueiras. Como premissa de projeto, as tubulações estarão embutidas em tubo-guia nos trechos onde os tetos devam ser revestidos em gesso liso, e poderão estar aparentes em trechos onde se pretenda aplicar algum tipo de forro. As conexões serão executadas em etapa posterior.

 

Figura 04 – Distribuição de tubulação em tubos-guia

 

Figura 05 – Distribuição aérea em perfil metálico, com abraçadeiras de identificação

 

As colunas de distribuição no shaft central poderão ser confeccionadas em outros tipos de material, como PPR, CPVC ou PVC. Essa definição é feita pelo projetista em função da pressão nos pontos e também dos diâmetros das tubulações disponíveis comercialmente. O shaft central abaixo ilustra a conexão das colunas de distribuição em PPR com os ramais em PEX.

 

Figura 06 – Ponto de conexão do PEX ao PPR

 

Para a distribuição de água nos ambientes, é necessário que a estrutura do shaft esteja executada. A Trisul adota para os shafts das áreas frias um sistema misto de alvenaria e drywall, dessa forma a alvenaria já deverá estar executada e deve ter recebido as taliscas que definem a espessura do revestimento. Com a definição das taliscas, a empresa responsável pela execução do drywall deve posicionar as guias e montantes metálicos no shaft, para que o kit industrializado em PEX possa ser fixado.

Figura 07 – Montagem do shaft

 

Os procedimentos quanto a correta execução das conexões, assim como o detalhamento das ferramentas necessárias no processo, poderão ser encontrados nos catálogos técnicos do fabricante selecionado. Após a realização das conexões dos ramais de distribuição aos kits, deve-se realizar um teste de estanqueidade para garantir a ausência de vazamento nas conexões. O teste consiste na injeção de água no sistema a uma pressão de 6 Kgf /cm², por um período de 2 horas, acompanhada com um manômetro. Se após esse período a pressão se mantiver estática na rede, a montagem do sistema é aprovada e a obra deve solicitar o fechamento do shaft com a chapa de gesso acartonado, por parte da empresa executora das vedações verticais em drywall.

Figura 08 – Shaft já testado e fechado com chapa de gesso acartonado

 

Após o fechamento do shaft, as etapas posteriores de impermeabilização e revestimentos devem ser realizadas.